sábado, 29 de setembro de 2007

Objetivo(a)

Repórteres fotográficos e cinematográficos se reuniram ontem para o III Congresso Nacional de Jornalistas de Imagem. Organizado pela ARFOC-Brasil, o encontro ocorreu no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio, no centro da cidade. Alunos da UFF, UFRJ e do Observatório de Favelas também participaram do evento. Nas duas mesas, os palestrantes debateram sobre a atualização do profissional para as novas tecnologias de televisão digital e a relação do trabalho com a formação acadêmica.

“Apresentar o mundo da forma que ele (fotógrafo) vê o mundo” - Dante Gastaldoni

Segundo a análise de Dante Gastaldoni, professor das disciplinas de fotografia da UFF e da UFRJ, o perfil do fotógrafo se alterou ao longo do tempo. A formação acadêmica dos novos fotojornalistas contribuiu para o desenvolvimento de uma visão crítica do atual estágio da globalização. Além disso, a introdução da tecnologia digital abriu novas possibilidades, ainda não muito claras, para o futuro fotografia.

O professor também lembrou que além do olhar próximo das universidades, outro olhar surgiu. Os movimentos sociais e as periferias das grandes cidades brasileiras, normalmente criminalizados pelos grandes veículos de mídia, mostram que outro tipo de comunicação mais democrática é possível. Assim como na fotografia, mudar de objetiva(o) é mudar a visão de mundo já existente.

Conhecendo a câmera: corpo

A fotografia pode transmitir conceitos e interpretações, nem sempre observáveis, de forma clara através da imagem. Ela pode descobrir um mundo novo ou então simplesmente contar uma história. A imagem revela e cristaliza pequenos mistérios, que os olhos são incapazes de captar. É a permanência temporal indefinida da tortuosa vida dos homens.